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POVO DERRUBA PRESIDENTE DO NEPAL  APÓS TENTAR TIRAR REDES SOCIAIS DO AR

Aqui no Brasil a voz marcante é do Alexandre de Morais quando disse que  as redes sociais deu voz aos imbecis ao ser o relator no processo que visa regular as redes sociais igual no Nepal, ele que derrubou algumas inclusive .

O Nepal vive uma das maiores turbulências políticas de sua história recente. A tentativa do governo de impor uma rígida regulamentação sobre as redes sociais acabou desencadeando uma onda de protestos sem precedentes, culminando na renúncia do primeiro-ministro KP Sharma Oli e em uma grave crise de governabilidade.




O Projeto Polêmico

No início de 2025, o Parlamento nepalês recebeu o Projeto de Lei sobre Regulação das Redes Sociais, que previa:

Registro obrigatório de plataformas junto ao governo;

Nomeação de representantes locais e responsáveis por queixas;

Punições severas, incluindo multas milionárias e até cinco anos de prisão por conteúdos considerados ofensivos ou “contra os interesses nacionais”.


Segundo o governo, a proposta tinha como objetivo combater a desinformação, o discurso de ódio e o uso indevido do anonimato. No entanto, organizações da sociedade civil e entidades internacionais classificaram a medida como uma ameaça direta à liberdade de expressão e à democracia.




Bloqueios e Protestos

Em setembro, após o prazo de registro imposto pelo governo, 26 redes sociais foram bloqueadas, incluindo Facebook, Instagram, YouTube e X (antigo Twitter). A decisão atingiu milhões de cidadãos que dependem dessas plataformas para comunicação, trabalho e entretenimento.

O bloqueio gerou revolta imediata, sobretudo entre jovens da chamada Geração Z, que tomaram as ruas em protestos massivos contra o que chamaram de tentativa de censura e “caminho para a ditadura”.

As manifestações rapidamente escalaram para confrontos violentos, incêndios de prédios públicos e barricadas nas ruas de Katmandu e outras cidades.




Escalada da Violência e Renúncia

A repressão policial e a entrada do Exército em cena aumentaram a tensão. De acordo com relatos da imprensa internacional, ao menos 19 pessoas morreram nos confrontos, com centenas de feridos.

Diante da pressão popular, da instabilidade crescente e da condenação internacional, o primeiro-ministro KP Sharma Oli apresentou sua renúncia, admitindo que seu governo havia perdido o controle da situação.




Reações e Repercussões

Organizações internacionais, como a UNESCO e o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), alertaram que o caso representa um grave retrocesso democrático.

A população, nas redes (assim que os bloqueios foram suspensos), criou campanhas como #LetUsSpeak e #BolnaDesharkar, clamando por liberdade digital.

Analistas políticos apontam que a queda do governo simboliza não apenas uma crise de governança, mas também um divisor de águas no debate sobre regulação digital no sul da Ásia.





O Futuro do Nepal

O país agora enfrenta o desafio de reconstruir a confiança entre governo e sociedade. Especialistas defendem que qualquer proposta de regulação digital deve ser discutida de forma transparente, com participação da sociedade civil e respeito à constituição nepalesa.

Enquanto isso, permanece a instabilidade: militares ainda patrulham as ruas, partidos negociam uma transição política e a juventude segue mobilizada, exigindo mais democracia, menos corrupção e liberdade na internet.




👉 A crise no Nepal mostra como a tentativa de controlar o espaço digital pode se transformar em gatilho para uma revolta popular capaz de derrubar governos inteiros.

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