O homem apontado como autor dos disparos que mataram Júlio César Santos das Chagas, 34, foi preso na noite desta terça-feira (2) em Manaus. A ação foi realizada pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) com apoio da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam).
A prisão representa um avanço nas investigações sobre o homicídio ocorrido em 1º de outubro, no estacionamento do shopping Ponta Negra, Zona Oeste da capital.
Antes da captura do atirador, a namorada da vítima, Jessica Santos, foi presa em 23 de outubro. Segundo a polícia, ela repassava informações sobre a rotina e os deslocamentos de Júlio César para os executores. A DEHS identificou que ela monitorou a chegada da vítima ao porto de Manaquiri, no dia do crime, reforçando a suspeita de que o homicídio foi premeditado.
A Operação Thrasos, deflagrada em 15 de outubro com apoio do Sistema Paredão, ajudou a identificar os veículos utilizados na execução. Dois suspeitos já haviam sido presos: Eduardo Fernandes Torres, 25, e Matheus Marreiros de Lima, 28. Um quarto envolvido, Ronaldo Davi Nascimento Mendes, continua foragido.
As investigações apontam que o atirador fugiu em uma motocicleta Honda FAN azul, acompanhado de um cúmplice, enquanto um Chevrolet Ônix prata dava apoio na fuga.
Segundo a polícia, Júlio César havia sido expulso de uma facção criminosa de Manaquiri e estava “jurado de morte”. A emboscada teria sido planejada com base nessa disputa criminosa.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o atirador aguardou a aproximação da vítima. Júlio César foi baleado enquanto pagava uma corrida de táxi e tentou correr, mas caiu ferido dentro do shopping, causando pânico entre clientes que assistiam a um desfile. Ele ainda foi socorrido pelo Samu e levado ao SPA Joventina Dias, mas morreu após dar entrada na unidade.
A Justiça já havia expedido mandados de prisão temporária contra os três suspeitos detidos. Veículos e materiais ligados ao crime também foram apreendidos.
O homicídio foi classificado como qualificado, por motivo fútil e uso de emboscada. O nome da operação, Thrasos, significa “audácia” ou “ousadia” em grego, referência ao modo de atuação dos criminosos.












